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Consumidor está menos pessimista
Índice Nacional de Confiança, elaborado pela Associação Comercial de São Paulo, aponta que 38% dos brasileiros acreditam que as finanças pessoais irão melhorar nos próximos seis meses
Dados do Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) referentes ao mês de agosto revelam que o consumidor brasileiro está menos pessimista em relação à sua situação financeira futura e também à economia futura do País, nas comparações com agosto de 2017 e também com o mês anterior (julho).
Segundo o índice, 38% dos entrevistados creem que sua situação financeira irá melhorar nos próximos seis meses, enquanto 21% acreditam numa piora. É uma mudança significativa em relação a agosto do ano passado, quando as parcelas eram 28% e 30%, respectivamente. Já em julho essa relação era de 36% e 26%.
Trata-se do menor nível de pessimismo e o maior de otimismo para um mês de agosto desde 2014. Naquele período (pré-eleitoral), 51% dos brasileiros acreditavam que sua situação financeira melhoraria e apenas 14% apostavam num cenário negativo.
“A partir de 2015, as crises política e econômica levaram a fortes quedas na confiança. Mas de um ano para cá o cenário começou a melhorar: o consumidor estava pouco esperançoso e agora ele já acredita que sua situação futura será melhor, assim como a do País. Aliás, acreditar no futuro é uma vocação do brasileiro”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
EMPREGO
Outra variação grande no INC é a percepção do brasileiro em relação a trabalho. Em agosto do ano passado, 14% estavam seguros em seus empregos e 63% inseguros. Agora, os seguros subiram para 19% e os inseguros caíram para 52%.
“Os números oficiais de desemprego melhoraram, mas pouco. O que pode estar acontecendo é que o consumidor vê que menos gente ao seu redor está sendo demitida”, afirma o presidente da ACSP.
Menos inseguro no emprego e mais confiante no futuro, o brasileiro está mais propenso a fazer compras parceladas. Na pesquisa de agosto, 16% dos entrevistados estavam favoráveis a adquirir eletrodomésticos, contra 10% há um ano.
PRESENTE
A percepção do brasileiro em relação ao presente melhorou um pouco no contraste com agosto de 2017. Quando perguntados sobre sua situação financeira atual, 25% dos entrevistados classificaram-na como boa e 53% como ruim. Em agosto de 2017, essa relação era de 21% e 57%, respectivamente.
“Há uma retomada da economia, mas ela é lenta, então demora para o consumidor sentir os efeitos. É importante lembrar que o próximo presidente terá no mínimo dois anos para fazer todos os ajustes fiscais e reformas. Aí, sim, voltaremos a ter crescimentos mais robustos”, finaliza o presidente da ACSP.
A pesquisa foi feita entre 1º e 11 de agosto em todas as regiões brasileiras.
METODOLOGIA
O INC é elaborado pelo Instituto Ipsos a partir de 1.200 entrevistas pessoais e domiciliares, realizadas mensalmente em 72 municípios no Brasil inteiro, com amostra probabilística, com cota no último estágio de seleção e margem de erro de três pontos percentuais, representativa da população brasileira de áreas urbanas de acordo com dados oficiais do IBGE (Censo 2010 e PNAD 2014).
CLIQUE AQUI para ler a pesquisa na íntegra.
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