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Workaholics, limitar o trabalho é torná-lo mais produtivo
Coach de Inteligência Emocional diz que trabalhar muito pode ser saudável, mas há um limite
Antigamente, não olhar o telefone e as redes sociais era regra número um dentro das empresas. Os celulares deveriam estar guardados e desligados, firewalls eram instalados para banir a entrada em qualquer site de entretenimento - e a tentativa de acesso era motivo de advertência. Hoje em dia, as redes sociais e a utilidade dos smartphones evoluíram tanto, que são considerados ferramentas de trabalho Uma empresa ter uma página no Facebook é fundamental; no Whatsapp são criados grupos para troca de informações entre a equipe; o email do trabalho é sincronizado aos contatos pessoais no celular, entre tantas outras plataformas online utilizadas para facilitar o dia-a-dia dos funcionários. Com as vidas pessoais e profissionais tão interligadas, qual é o limite? As pessoas realmente param de trabalhar às 18h? Isso faz bem?
Segundo a coach de inteligência emocional e advogada, Inessa Franco, tudo começa na escolha da empresa em que irá trabalhar e por isso é tão importante que a corporação e funcionários dividam os mesmos valores. “Quem assume o cargo, sabe o que vai fazer. Uma vez que para empresa custa caro contratar e descontratar, em geral as cartas são todas colocadas na mesa. Aceita quem quer. Ninguém é obrigado a trabalhar em uma empresa em que não concorda com a política de tratamento, nem com os horários de trabalho. Se não está funcionando para você, você pode e deve buscar algo mais compatível com seus valores e estilo de vida”, diz.
Inessa acrescenta que dependendo da função, do cargo, da quantidade de imprevistos e acontecimentos, responder e-mail fora do horário de expediente é parte do trabalho. “É também uma questão de combinado e bom senso”, completa. “Se o profissional trabalha com eventos, por exemplo, dificilmente ele está limitado ao horário tradicional”, diz a especialista.
Ainda assim, mesmo aceitando as condições de trabalho da empresa, pode acontecer de o funcionário se sentir sobrecarregado. “Trabalhar desanimado e cansado afeta a sua produtividade e logo a empresa irá sentir isso também, mas o limite do saudável é o que faz sentido para cada um! Dentro de uma perspectiva do que cada pessoa quer construir para si mesmo”, argumenta Inessa.
De acordo com a coach, você observa que está ultrapassando a linha, quando o seu trabalho não estiver fazendo bem. Se você estiver fazendo mais do que gostaria e do que dá conta, se está atrapalhando a sua vida pessoal e o seu emocional, é hora de pisar no freio. Nessas horas, é importante conversar com o superior. “Manter um diálogo é importante, desde que se tenha clareza e consciência daquilo que se quer e do que é importante para si e para empresa. É fundamental amar o que você faz e trabalhar em uma empresa que combina com a sua forma de ser e pensar. Se o seu chefe também for um líder, ele vai entender e chegarão a um meio termo”, conclui a especialista.
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