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Inflação inibe consumo no Dia das Mães
data é a segunda mais importante para o comércio depois do Natal.
As vendas no Dia das Mães neste ano foram mais fracas do que em 2013, segundo pesquisas realizadas por empresas e entidades do varejo.
A data é a segunda mais importante para o comércio depois do Natal.
Levantamento da Serasa Experian mostra que as vendas realizadas na semana anterior à data comemorativa -entre 5 e 11 de maio-aumentaram 2,9%, na comparação com o período equivalente no ano passado. Em 2013, a alta foi de 5,3%.
"Foi melhor do que a Páscoa, mas o aumento da inflação acabou inibindo o consumo. Era um resultado esperado, ninguém achava que ia crescer mais do que 4%, 5%", diz o economista Luiz Rabi, da Serasa Experian.
O mesmo acontece com os dados da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).
A empresa identificou uma alta de 2,7% de 5 a 11 de maio, em relação à mesma semana de 2013. No ano passado, o aumento foi de 4,5%.
Mais pessimista é o levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), que fala em queda de 3,55% no volume de vendas entre 4 e 10 de maio.
As três entidades apontam a inflação alta, o crédito caro e a consequente falta de confiança do consumidor na economia como os principais motivos para a desaceleração.
De março a abril, o IPCA, inflação oficial do país, teve alta de 0,67%. O indicador acumulado em 12 meses, por sua vez, ficou em 6,28%, próximo ao teto da meta do governo, de 6,5%.
PÁSCOA E COPA
Em abril, dados da entidade mostram alta de apenas 1,6% nas vendas da semana da Páscoa, que caiu entre os dias 25 e 31.
Para Rabi, além da maior importância do Dia das Mães para os consumidores, a alta mais expressiva ficou por conta da abrangência da data, que beneficia diversos setores do varejo.
Apesar da pequena melhora em relação à abril, Rabi diz que o ritmo menor do consumo está se consolidado a cada data comemorativa.
O economista da Boa Vista, Flávio Calife, afirma que a expectativa do setor já é de uma expansão menor do comércio neste ano.
"As próximas datas devem registrar crescimento, mas inferior ao de 2013."
No primeiro trimestre, diz Calife, a Copa pode ajudar a impulsionar as vendas no primeiro semestre, principalmente de eletrônicos, o que compensaria em termos as perdas causadas pela inflação.
No entanto, durante o torneio o comércio deve ter um desempenho pior, por conta do menor número de dias úteis.
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