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Os 10 passos para uma aposentadoria 'perfeita'

Colunista afirma que saber quanto de dinheiro é necessário para a aposentadoria é um dos passos importantes

SÃO PAULO – Se aposentar com dinheiro suficiente para ter independência financeira para o resto da vida certamente não é tarefa fácil para ninguém. No entanto, o colunista do site MarketWatch Paul Merriman listou os dez passos para ter uma aposentadoria "perfeita".

1 – Saiba quanto você vai precisar para se aposentar

Ter esse número em mente é a chave que ajuda a desvendar algumas dúvidas, como quanto risco tomar e quando você vai poder se aposentar. O primeiro passo é saber os gastos mais essenciais para se viver quando parar de trabalhar.

A partir da resposta, subtraia disso o quanto você pode ganhar por outros meios, como o INSS. O que sobrar é o que será necessário retirar mensalmente dos investimentos. Segundo o especialista, o total que você vai precisar retirar por ano não pode passar de 4% sobre o valor total acumulado. Por exemplo: quem juntou R$ 500 mil e precisa de R$ 30 mil por ano, ainda não tem dinheiro suficiente. Isso porque R$ 30 mil equivalem a 6% dos R$ 500 mil, acima do limite "seguro" de 4% definido pelo especialista. 

2 – Saiba quanto dinheiro você vai precisar para ter a aposentadoria "dos sonhos"
Merriman sugere que seja feito o mesmo cálculo anterior, mas baseado em um nível de vida mais elevado - incluindo jantares, viagens, passeios, e tudo que faça você ter uma qualidade de vida melhor.  O investidor vai perceber, obviamente, que precisará de mais dinheiro para uma aposentadoria assim. Neste caso, é preciso fazer as contas e verificar se é possível poupar mais. Se for possível, você deve levar em consideração esta possibilidade.

3 – Determine sua tolerância ao risco
Esse passo é, provavelmente, o mais crítico e o mais negligenciado no planejamento da aposentadoria. É importante lembrar que, normalmente, quanto mais arriscada a aplicação, maior é o retorno. Ao mesmo tempo, você deve lembrar que está lidando com a sua aposentadoria e este é um dinheiro que fará falta no futuro, caso você perca. Por isso, deve sempre fazer um controle do risco de acordo com o seu perfil e objetivos. 

4 – Baseie suas decisões naquilo que é provável
É importante tomar decisões baseado no que é provável e não no que é apenas "meramente possível" de acontecer.  "O mercado pode passar por momentos muito bons, mas isso não vai acontecer para sempre", lembra o especialista. Ou seja: você precisa se planejar e saber onde investir baseado no que deve acontecer, e não naquilo que "talvez aconteça".

5 – Invista em classes de ativos que entreguem resultados no longo prazo
O especialista ressalta que investir em ações pode ser uma ótima ideia para quem procura bom rendimento no longo prazo. Como alternativa para os pequenos invetisdores, Merriman aponta os fundos mútuos e os ETFs (fundos de índices, que replicam um índice teórico da Bolsa de Valores). 

A diversificação em várias classes de ativos também é importante e o investidor deve evitar concentrar as aplicações naqueles papéis que foram bem nos últimos tempos - afinal, rentabilidade passada não é nenhuma garantia de retornos futuros.

6 – Determine a melhor combinação de investimentos
É importante saber a melhor combinação de investimentos para acumular dinheiro para aposentadoria. Isso depende de uma série de fatores, como a sua tolerância ao risco e o tempo que ainda falta para se aposentar. Por isso, você deve ficar atento à alocação de seus recursos, e o percentual que está aplicado em títulos de renda fixa e ações. Uma boa dica pode ser solicitar ajuda de um planejador financeiro.

7 – Mantenha suas despesas no patamar mais baixo possível
Outra dica básica, porém valiosa, é manter as despesas sempre controladas. Merriman sugere que o investidor encare o portfólio como um barco querendo ir para a frente e as despesas como uma âncora segurando seu deslocamento. Mesmo com muito vento e uma ótima tripulação, a âncora continua dificultando; e quanto maior a âncora, pior.

8 – Pague o mínimo possível em taxas
É possível procurar fundos com taxas baixas ou aplicações como títulos públicos, que também têm taxas muito menores do que os planos de previdência privada. Uma dica é olhar para fundos de índice (ETF) e títulos públicos atrelados à inflação. Os dois têm taxas interessantes e podem ser boas opções para quem aplica pensando no longo prazo.

9 – Coloque seus investimentos "no automático"
Uma boa opção para quem investe pensando no longo prazo é aproveitar funcionalidades como aplicação agendada e reaplicação de dividendos. Quem investe em títulos públicos, por meio do Tesouro Direto, por exemplo, pode deixar agendada a compra de títulos mensalmente, além de programar o reinvestimento quando os títulos vencerem.

10 – Determine a melhor estratégia para tirar dinheiro do seu portfólio
O ideal é se sentar com um planejador profissional e se assegurar que ele entenda suas decisões. A partir daí é preciso de outras decisões: quanto sacar por ano? Tirar sempre a mesma quantidade ou variar? Quanto espera viver? Quanto quer deixar para seus herdeiros? Essas decisões farão diferença e é preciso pensar bem nelas, conclui o especialista.

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