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Redução de ritmo sinaliza fim do ciclo de aperto da Selic
Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou a taxa básica de juros (Selic) para 10,75% ao ano
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de aumentar a taxa básica de juros para 10,75% ao ano foi positiva por amenizar o ritmo de aperto na economia, opinou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a entidade, a redução do ritmo de alta indica que o ciclo de elevação da taxa Selic está perto do fim.
"Após seis acréscimos consecutivos de 0,5 ponto percentual, a decisão do Copom, de aumentar a taxa básica em 0,25 ponto percentual, pode sinalizar o encerramento do ciclo de elevação dos juros", destacou a entidade em comunicado. Para a CNI, apesar de a inflação ainda registrar níveis preocupantes, a diminuição na velocidade de crescimento da Selic não prejudicará o combate aos aumentos de preços.
Na avaliação da entidade, os efeitos das últimas elevações dos juros básicos sobre os índices de inflação ainda estão por vir. A entidade defendeu que o governo use outros instrumentos para desaquecer a economia e conter a inflação, como o corte de gastos públicos. "O ônus do combate à inflação não pode recair totalmente sobre o setor produtivo. Para um controle inflacionário eficiente, outros instrumentos de política econômica devem ser utilizados, como a redução do déficit fiscal", destacou a nota. A pesquisa Focus do Banco Central divulgada mostra que a expectativa de analistas de mercado para a taxa básica de juros em 2014 é de 11,25% e, para 2015, de 12%.
O Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-SP) também apontou que a inflação tende a declinar dos atuais 6% neste ano, o que justifica uma elevação mais moderada da Selic. "O controle da inflação é a grande preocupação do governo e para alcançar a meta de 4,5% em 2014, um dos instrumentos utilizados é a política de juros, somada ao câmbio – para que o Real não se desvalorize – e às iniciativas para a redução das despesas públicas. Quando o conjunto dessas medidas surte os efeitos esperados, abre-se espaço para uma aplicação menos rígida de uma de suas vertentes – desta vez, os juros", afirmou a entidade em nota.
Já as centrais sindicais e a Fiesp criticaram duramente a alta, mesmo que menor. Segundo o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, não existem fatores que justifiquem mais uma alta dos juros que com o aumento atingiu os 10,75% ao ano. “A atividade econômica está esfriando, e pelo visto, teremos mais um ano de crescimento abaixo da média mundial”, afirmou em nota.
"O aumento de 0,25% na Selic representa outra decisão do Copom diante do terrorismo do mercado financeiro, o único ganhador desse jogo de cartas marcadas em que todos os demais setores da sociedade perdem", afirmou em nota o presidente da central sindical, Carlos Cordeiro.
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