Notícias

Brasil está atrasado na transparência para melhoria do ambiente de negócio

publicação deixa claro que transparência envolve não só o conteúdo disponibilizado, mas a visão global do processo e o prazo.

Em comparação a outros países,  o Brasil ainda está atrasado em termos de transparência, simplificação e integração de processos de interesse das empresas nacionais para a melhoria do ambiente de negócios. Isso diz respeito à obtenção e renovação de licenças para as empresas, cumprimento de obrigações tributárias e previdenciárias e operações de exportação e importação.

A conclusão está contida no estudo Melhorando o Ambiente de Negócios no Brasil: Ações para Reduzir a Burocracia, divulgado hoje (28) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). A publicação deixa claro que transparência envolve não só o conteúdo disponibilizado, mas a visão global do processo e o prazo.

“Disponibilizar o conteúdo é suficiente para ser transparente? Ficou claro que não. A gente tem informação no Brasil. Mas falta ir além. Tem a informação de como fazer, mas falta o prazo, a informação do estágio em que se acha o processo. E isso se reflete em números”, destacou em entrevista à Agência Brasil a economista Júlia Nicolau Butter, especialista em competitividade industrial e investimentos da Firjan.

O comparativo do Brasil com 19 países,  feito  a partir do relatório Doing Business (Fazendo Negócios), do Banco Mundial (Bird), mostra que o conteúdo disponibilizado não é suficiente para que o país seja transparente e reduza a burocracia. Foram analisados Alemanha, Arábia Saudita,  Brasil, Canadá, Catar,  Chile,  China, Cingapura,  Coreia do Sul,  Emirados Árabes, Estados Unidos, França, Hong Kong, Índia,  Japão, México, Nova Zelândia, Portugal, Reino Unido e Rússia.

O relatório do Bird mostra que  o prazo para abertura de uma empresa alcança média de 107 dias no Brasil, contra um dia na Nova Zelândia e três dias em Cingapura, apesar de o nosso país ter recebido, como essas nações, nota 10 no caso de obtenção e renovação de registros e licenças para as empresas. “Nossa média está muito alta”, comentou Júlia. Para os outros 19 países analisados, a média de abertura de empresas são dez dias.

Júlia disse que é também inadmissível que no Brasil sejam necessários 325 dias, ou 2.600 horas, para que se cumpram todas as exigências tributárias e trabalhistas, enquanto a média nos demais países são 21 dias, ou 171 horas.

“Comparado com outros países, nós não estamos atrás da questão de oferecer a informação. O problema é que  temos que melhorar a qualidade da informação que a gente dá, acrescentando prazo e a visão de processo como um todo. É isso que falta. Melhorar a informação para permitir a transparência por completo”, argumentou Júlia Nicolau.

A Firjan  vai encaminhar carta para a presidenta Dilma Rousseff e para o governador Sérgio Cabral Filho, alertando sobre a necessidade  que sejam cumpridas as leis federais e estaduais que contribuem para a redução da burocracia.

Cópia do documento será enviada ao Ministério Público, para que a instituição possa acompanhar essa questão. A Firjan pretende, ainda, encaminhar projeto de lei para que os municípios regulamentem a criação da Carta de Serviços ao Cidadão,  instituída pelo Decreto Federal 6.932/2009, que regulamenta a simplificação do atendimento prestado pelos órgãos e entidades do Poder Executivo ao público.

voltar

Links Úteis

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.8559 5.8569
Euro/Real Brasileiro 6.3456 6.3536
Atualizado em: 01/11/2024 15:35

Indicadores de inflação

07/2024 08/2024 09/2024
IGP-DI 0,83% 0,12% 1,03%
IGP-M 0,61% 0,29% 0,62%
INCC-DI 0,72% 0,70% 0,58%
INPC (IBGE) 0,26% -0,14% 0,48%
IPC (FIPE) 0,06% 0,18% 0,18%
IPC (FGV) 0,54% -0,16% 0,63%
IPCA (IBGE) 0,38% -0,02% 0,44%
IPCA-E (IBGE) 0,30% 0,19% 0,13%
IVAR (FGV) -0,18% 1,93% 0,33%