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Pesquisa mostra que executivos estão mais confiantes sobre economia global
Segundo PwC, empresas estão mudando forma de trabalhar, focando no crescimento
Com o pior da crise financeira global para trás, os executivos estão prontos para seguir em frente após a luta pela sobrevivência de seus negócios nos últimos anos. Isso é o que aponta levantamento divulgado nesta terça-feira (21) pela consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC).
De acordo com a empresa, os líderes globais estão “gradualmente mudando do modo de sobrevivência, para modo de crescimento”. Isso pode resultar em mais investimento, crescimento e emprego.
Para os ativistas, contudo, a preocupação é certificar se os ganhos são distribuídos mais uniformemente: a crescente concentração de riquezas nas mãos da elite, dizem eles, tem alimentado a desigualdade global e prejudicado a confiança nas instituições políticas e empresariais.
Os resultados da PwC foram obtidos quando líderes políticos e empresariais se reuniram em um resort de ski suíço em Davos. Em seu relatório anual no início do Fórum Econômico Mundial, ficou claro que a decisão dos executivos tem “menos a ver com os ventos econômicos e está mais relacionada à preparação do futuro”.
Apesar da melhora no sentimento dos executivos, a PWC afirma que novos ganhos podem se revelar mais difíceis. Promover crescimento está "ficando cada vez mais complicado", uma vez que a economia global encontra seu fundamento em vários anos de crise que deixaram sua marca na forma como os negócios são conduzidos em vários setores.
Em entrevista à reportagem, o presidente da PWC, Dennis M. Nally, disse que o próximo grande desafio vai ser o custo e a complexidade para lidar com um emaranhado de regulamentos novos que surgiram desde a crise financeira que explodiu em 2008 e fez o mundo derrapar na sua mais profunda recessão desde a Segunda Guerra Mundial.
“Sempre que há um evento como uma crise financeira como a que a gente acabou de vivenciar, você sempre vê esse pêndulo mover-se para um lado, e é necessário um tempo para levá-lo de novo ao equilíbrio”, disse Nally.
Nos anos anteriores, diversos executivos fecharam as escotilhas para sobreviver. Eles cortaram custos, resultando na perda de milhões de empregos em todo mundo e colocaram em espera aquisições e outros investimentos arriscados.
Mas a pesquisa sugere que uma reviravolta — ainda que modesta — seja sobre os cartões. A confiança está subindo nas economias avançadas, como Estados Unidos, Grã-Bretanha e Alemanha, embora Nally tenha dito que a recuperação global será colocada em xeque por uma desaceleração nas economias emergentes. O prognóstico mais otimista veio quando o Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou sua previsão de crescimento para a economia global.
Entre os principais problemas que ainda estão pendentes, Nally citou a falta de confiança dos cidadãos nas instituições, junto com uma “enorme falta de confiança entre governo e empresas”. E isso vai levar algum tempo para ser restaurado.
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