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Grande desafio de empresas é inovar para crescer

As empresas brasileiras têm um grande desafio pela frente para garantir a própria sobrevivência diante de um mercado global cada vez mais competitivo

Grandes, médias e pequenas companhias devem apostar nos investimentos em inovação como ferramenta primordial para competir em igualdade com corporações internacionais e superar assim, as constantes perdas de competitividade e quedas de produção. Somente por meio de tais processos as organizações brasileiras conseguirão criar novos produtos, melhorar seus processos, abrir mercados e ampliar a produção.

Infelizmente, os investimentos das empresas brasileiras em inovação ainda são muito tímidos. O resultado da nossa postura inovadora nos faz ocupar apenas a 48ª posição no Índice de Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial, que analisa dados de 144 países. Apesar dessa colocação, o país dispõe de grande potencial, com importantes instituições de ensino superior e agora o Plano Inova Empresa (plano de investimento em inovação do Governo Federal), um novo marco de financiamento no setor, que deve destinar recursos na ordem de R$ 32,9 bilhões para inovação nos próximos anos.

A criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), que segue o modelo da exitosa Embrapa, é outra conquista que deve colaborar para deslanchar a inovação das empresas nos próximos anos. A organização traz uma nova lógica para o setor: as demandas partem das empresas para desenvolvimento nas pesquisas acadêmicas, resultando em inovação de fato. O modelo colabora ainda para o financiamento dos projetos com participação da Embrapii, empresas e instituições de pesquisa.

Outro importante instrumento de incentivo à inovação é a Lei do Bem. Com a nova legislação, o empresariado brasileiro pode solicitar a dedução de despesas operacionais do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) nas empresas que investem em pesquisa e inovação. Mas, de acordo com um relatório do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), entre 2006 e 2011, 1.475 empresas participaram da Lei do Bem, mas apenas 3% (46 empresas) marcaram presença todos os anos.

A USP, por meio da Agência USP de Inovação, também contribuiu para a inovação apresentando novos programas. Entre eles, está a parceria com a Fiesp/Ciesp através do Curso de Aperfeiçoamento em Gerenciamento e Execução de Projetos de Inovação Tecnológica em Empresas (Gepit).

A Agência USP de Inovação tem ainda o programa de apoio à propriedade intelectual e inovação para o Estado de São Paulo denominado Vocação para Inovação. Ele oferece apoio ao empreendedor desde a solicitação de patentes, passando por identificação de possibilidades para projeto e parcerias com a USP. Além disso, o empreendedor encontra no programa indicação de linhas de fomento das agências estaduais voltadas à inovação, entre outras atribuições. Queremos ainda dar instrumentos para que o jovem tenha a opção de se tornar um empreendedor. Para isso, ele precisa ser treinado para assumir projetos de risco e ter ousadia.

Hoje, o empreendedor brasileiro encontra um caminho de muitas possibilidades para transformar suas ideias em importantes negócios. O Brasil precisa desse talento para superar diferenças e ocupar um novo espaço de pesquisa e inovação no mercado mundial.

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