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Dólar volta a subir e passa barreira dos R$ 2,17
Cotação da moeda americana chegou a atingir R$ 2,178 durante o dia, mas após intervenção do BC fechou a R$ 2,172, com alta de 1,31%
Cotação da moeda americana chegou a atingir R$ 2,178 durante o dia, mas após intervenção do BC fechou a R$ 2,172, com alta de 1,31%
O dólar voltou a subir em relação ao real e ultrapassou o patamar de R$ 2,17 pela primeira vez em mais de quatro anos. Ao longo do dia, a moeda americana chegou a atingir R$ 2,178. Mas o Banco Central fez uma intervenção no fim do pregão e reduziu a cotação. O dólar à vista fechou em R$ 2,172, alta de 1,31% em relação à sexta-feira.
Durante toda a sessão de negócios,a moeda americana operou em alta. O BC esperou para verse o mercado,por conta própria, tentaria conter esse movimento de alta desenfreada, comentou profissional da mesa de câmbio de um grande banco. Mas o dólar subiu muito e o BC teve de intervir, disse.
“O mercado testou o BC, que entrou tarde nos negócios mas vendeu um lote grande, de quase R$ 2 bilhões. Só que o mercado está tomador (de dólares) mesmo, e a moeda para julho (cotação do mercado futuro) voltou a acelerar a alta depois de um tempo”, acrescentou o operador de câmbio.
A intervenção do Banco Central ocorreu perto das 16h30, no encerramento do pregão do dólar à vista. Com uma operação com efeito equivalente à venda de dólares no mercado futuro (leilão de swap), o BC negociou 39,1 mil contratos, no valor de US$ 1,97 bilhão.
Fed. No início do pregão, a alta do dólar foi limitada pelo sentimento de cautela antes da reunião do Federal Reserve, banco central nos Estados Unidos, que pode trazer sinais sobre o futuro do estímulo monetário no país. “O que vai pegar éoFed amanhã, então o pessoal está em compasso de espera”, resumiu o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Re-ginaldo Siaca.
Declaraçõesrecentes de autoridades do Fed, incluindo de seu presidente, Ben Bernanke, alimentaram expectativas de que a autoridade monetária comece a reduzir o seu programa de estímulo, diante de sinais de recuperação econômica no país. Se isso ocorrer, haveria diminuição na oferta de dólares nos mercados.
À tarde, o Financial Times acirrou os debates, ao informar que o presidente do Fed, Ben Bernanke, provavelmente sinalizará que a instituição está perto de reduzir suas compras mensais de US$ 85 bilhões em ativos, ressalvando que os próximos movimentos do banco central dependem do que ocorrer com a economia.
As preocupações com o Fed, aliadas a questionamentos sobre a economia brasileira, levaram a uma mudança de patamar no câmbio em maio, que viu o dólar começar o mês cotado a R$ 2,01 e fechar perto de R$ 2,15, nível visto até agora.
Brasil. Profissionais ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, citam o ambiente de preocupação com a economia brasileira como um dos motivos para o avanço da moeda americana ontem.
À tarde, o dólar passou a subir de forma firme em relação ao real, mais do que em comparação a outras moedas de países que também dependem da exportação de commodities, como a Austrália e o Canadá. “O mercado também está aproveitando para testar o Banco Central, para ver se ele vai entrar vendendo”, comentou, durante a tarde, Mario Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora.
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